O governo de São Paulo divulgou nesta semana uma pesquisa realizada junto à população do Estado para saber os índices de aprovação - ou rejeição - da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade contra a Covid-19. O resultado apontado pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) indicou que 84% dos pais e mães são favoráveis à imunização infantil e que pretendem garantir a proteção das crianças assim que as doses destinadas a elas estejam disponíveis.

Segundo o Estado, a pesquisa foi realizada com 1.127 entrevistas por telefone, no dia 6 de janeiro, em todas as regiões de São Paulo. O resultado não é surpresa para ninguém, pois com o avanço do número de casos infantis, a disparada da variante ômicron e a volta às aulas se aproximando, pais, mães e responsáveis querem garantir, o mais rápido possível, a imunização e a segurança dos pequenos.

No dia anterior à realização da pesquisa, o governo de São Paulo divulgou o planejamento estratégico e a intenção de vacinar 4,3 milhões de crianças de 5 a 11 anos em 645 cidades em um intervalo de três semanas. Para tanto, o Estado aguarda o envio das doses pediátricas pelo Ministério da Saúde para início imediato da campanha, além da liberação da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a vacinação infantil.

No Alto Tietê, as prefeituras informaram na semana passada que estão preparadas para a efetivação da campanha de imunização das crianças recorrendo à mesma estrutura usada na vacinação de adultos, com postos fixos e itinerantes, além das unidades criadas para ampliar a cobertura da população. No caso das crianças, o Estado pretende utilizar os estabelecimentos escolares, obedecendo a critérios de horário e precaução com a segurança dos estudantes, para aumentar o índice de aplicação das vacinas e a redução no tempo de atendimento do público infantil.

O que fica bem claro é que o alto percentual da população favorável à imunização infantil e os números já alcançados com a primeira, segunda e doses de reforço para adultos comprova a elevada crença na medicina e na ciência. As pessoas têm consciência de que a vacinação é o caminho mais curto para a erradicação da doença. Esse é o primeiro passo.