A pandemia de coronavírus dá sinais, claros, que pretende ficar por mais um tempo, o problema é que isso se traduz em pessoas doentes, hospitais lotados e mortes. Em mais uma tentativa de frear essa investida, as prefeituras da Grande São Paulo, por meio de seus consórcios regionais, se uniram para pedir ajuda do Palácio dos Bandeirantes e do Palácio do Planalto.
Tomara que a ajuda venha, hospitais começam a ficar lotados novamente com a variante ômicron à solta, muito embora, o que é uma notícia mais alentadora - se é que podemos usar esse termo - a quantidade de mortes não vem acompanhando o mesmo ritmo, o que pode e deve ser atribuído à aplicação das vacinas e, na região, já tem cidade ministrando a quarta dose do imunizante.
Essa união entre os consórcios pode trazer bons furtos. Num passado não muito distantes, quando a dengue parecia descontrolada, foi criada uma campanha apontando que Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, não respeita as divisas entre municípios e regiões, e isso está claro para o coronavírus também.
O que se pensa não é fazer uma barreira sanitária entre municípios, mesmo porque isso seria praticamente impossível, com pessoas morando em uma cidade e trabalhando e estudando em outras.
Na verdade, dessa reunião poderia surgir um método de trabalho conjunto para impedir o avanço da doença, compartilhar leitos, ajudar na vacinação. A Região Metropolitana de São Paulo é como se fosse um grande município, compartilhando ruas, vegetação e, é claro, pessoas, que vem e vão de acordo com o que é preciso fazer.
É pouco provável que haja restrições mais duras, como ocorreu durante quase todo o ano passado nesta altura do campeonato. A pandemia vai ser combatida agora nos detalhes, como a manutenção do uso da máscara e do álcool em gel, no entanto, uma parceria entre as cidades da Grande São Paulo, que pode se estendidas para outros lugares, pode ajudar muito na luta contra o coronavírus.