Não sei se já se deu conta: não existe essa de multidão do bem. Toda multidão é do mal! Ali, onde estiver a multidão, quando muito, estará a mentira, a dissimulação. Muitos sentimentos juntos, jamais serão homogêneos, quando não falsos. Com isso, em toda multidão a vida passa, a verdadeira liberdade cobra preço, material e existencial.
Quem crê que a educação cria novos seres humanos, o faz para disfarçar seu cotidiano. É uma mentira contada a si mesmo. Acreditar na educação é crer que, com ela, criamos novos seres humanos. Isso não acontece porque a maioria de nós professores, como todo mundo, ganha menos do que queria, é mais infeliz do que esperava, é mais sozinho do que sonhava, é muito menos importante do que imaginava. Esse não costuma ser um perfil indicado para "criar novos seres humanos" porque dele facilmente brota o rancor, o fracasso, a inveja e, por isso mesmo, a mentira.
Ainda sob o viés do politicamente incorreto, logo criarão uma lei que proíba as mulheres de usarem calças em nome da autoestima dos homens e liberarão os homens bem-postos para usar saias em defesa da dignidade de gays ou trans. Duvida? Basta um mentiroso inventar que isso é necessário para um convívio democrático. Isso se chama a ditadura dos ofendidos.
Você já foi a um jantar inteligente? Não me leve a mal: jantares inteligentes são frequentados por psicanalistas, artistas, músicos, atores, jornalistas, publicitários (se falarem mal da publicidade), filósofos, médicos (É sempre chique ter médico, jamais dispensá-los!).
Administrador de empresa não pega bem (só os de política sustentável). Engenheiros, coitados, só vão se forem casados com psicanalistas que traduzem para eles esse mundo. Advogados podem ir porque é sempre necessário um cínico inteligente em qualquer lugar. Pedagogas, só se casadas com esses advogados e com isso capazes de bancar amizades chiques.
Então, a vida se repete só naquilo em que ela se revela mais miserável: no medo, na inveja, na baixa autoestima e no abandono! Falei?