Os atuais prefeitos possuem, por meio das coligações partidárias, o maior tempo de exposição no horário eleitoral, o que, de antemão, os colocam em condição privilegiada em relação aos concorrentes. Além disso, têm a seu favor a possibilidade de anunciar as realizações do presente mandato, como obras públicas e benfeitorias, conquistas na área da Educação, avanços nas questões de saneamento básico, meio ambiente e assistência social. Na prática, estão com o queijo e a faca nas mãos. A menos que a atual administração tenha sido pífia a ponto de superar o limite razoável da rejeição, a reeleição está bem encaminhada.
Neste ano, especificamente, em virtude da pandemia do coronavírus, as prefeituras foram obrigadas a centrar forças e investimentos para o setor da Saúde, com o objetivo imediato de controlar os casos da doença e as eventuais mortes. De uma forma geral, até porque as orientações estruturais partiram dos governos federal e estadual, todos os prefeitos se saíram bem, enfrentando a Covid-19 em condições satisfatórias e sobrevivendo, a duras penas, economicamente. Se algo não deu certo, também o foi nos âmbitos do Estado e da União. A responsabilidade não foi exclusiva dos municípios.
O foco quase integral na Saúde acabou virando um potente cabo eleitoral dos atuais prefeitos, que dificilmente será utilizado, com argumentos plausíveis, pelos adversários. O risco para a reeleição se dá apenas pela incógnita das redes sociais ou pelo efeito negativo de uma bem sucedida fake news. Caso contrário, as urnas não devem revelar surpresas em novembro.