Diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa F. Etienne alertou ontem para o fato de que vários países da região continuam entre os líderes de casos da Covid-19 pelo mundo, entre eles Estados Unidos e Brasil. Durante entrevista coletiva, ela lamentou o fato de que nesta semana os Estados Unidos atingiram a "marca desafortunada" de 200 mil mortes pela doença.
Etienne apontou que, desde o início da pandemia, nações da região registraram mais de 50,5 milhões de casos do novo coronavírus, com cerca de 530 mil mortes. Entre os países com mais casos pelo mundo, citou também Argentina, Peru, Colômbia e México.
A diretora da Opas comentou que há mais de 200 vacinas em processo de elaboração, algumas em fases adiantadas de testes. Segundo ela, a entidade espera que algumas delas sejam eficazes, mas é possível que a proteção oferecida seja parcial, ou apenas funcione para parte da população.
Além disso, como pode levar um tempo até que as pessoas sejam vacinadas e existe ainda a chance de não haver vacina eficiente, Etienne insistiu na manutenção das medidas, como o distanciamento, o uso de máscaras e a higiene das mãos.
Europa
Diretor assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa alertou  para o risco de novas ondas de contaminação pela Covid-19. Durante entrevista coletiva, Barbosa disse que mesmo países da Europa que conseguiram controlar bem a disseminação do vírus num primeiro momento enfrentam agora uma segunda onda de casos.
Vacinas
A candidata à vacina contra o novo coronavírus produzida pela Johnson & Johnson, por meio de sua farmacêutica subsidiária Janssen, entrou na terceira e última fase de testes clínicos, segundo comunicado divulgado ontem. Os testes de fase final estão sendo realizados em 60 mil voluntários de três continentes.
Entre as vacinas em desenvolvimento a entrar no último estágio de testagem clínica, esta é a quarta. A J&J disse que pode obter os resultados já no início de 2021. Entre os países em que a empresa fará os testes estão Brasil, Estados Unidos e África do Sul.
Além da J&J, as vacinas da Universidade de Oxford e das farmacêuticas Sinovac, da China, e da alemã Pfizer já estão na terceira fase de testes. A candidata da companhia norte-americana, porém, tem a vantagem de induzir resposta imunizante com apenas uma dose, contra duas das concorrentes em fase 3, segundo um estudo clínico preliminar. (Com informações da Dow Jones Newswires).