O mês de agosto no Alto Tietê foi o mais violento em relação às mortes no trânsito. No mês passado, 15 pessoas morreram nas ruas, avenidas e rodovias da região. A atualização foi divulgada anteontem pelo Infosiga do Estado, no Dia Mundial sem Carro, durante a Semana Nacional do Trânsito, que termina amanhã. Apesar disso, somando os dados desde o início do ano, a região mostra uma redução nos óbitos, que caiu de 115 de janeiro a agosto do ano passado, para 95 neste ano.
Levando essa redução para nível nacional, é possível afirmar que o Brasil vem conseguindo diminuir as mortes em acidente fatais, mas ainda está distante do que pede a Organização das Nações Unidas (ONU). O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) revelou, há cinco dias, que Brasil reduziu 30% as mortes no trânsito nesta década. O número foi comemorado pelo secretário Nacional de Transporte Terrestres, Marcelo Costa. "Conseguimos transformar uma curva que, até a década anterior, era ascendente", disse, durante a abertura da Semana Nacional de Trânsito promovida pelo Ministério da Infraestrutura. Ainda no evento, Costa divulgou que 90% dos acidentes acontecem por falha humana, 5% por defeito em equipamento do veículo e 5% devido a falhas na infraestrutura de trânsito.
Ora, se já temos as informações, está na hora de investir em soluções que possam minimizar ainda mais esse problema. Como já era de se esperar, a maioria das mortes é causada por falhas humanas, talvez pela "Síndrome de Pateta", onde o personagem da Disney se torna violento ao dirigir no trânsito da cidade.
A meta da ONU para os anos entre 2011 e 2020 é reduzir em 50% as mortes causadas por choque de veículos, perda de controle e atropelamento, mas o Brasil ainda está longe de alcançar esse objetivo.
Insistir em campanhas de conscientização durante o ano inteiro, acompanhadas de advertências que chamem a atenção à educação no trânsito, além das punições administrativas e penais mais firmes, parece ser um caminho, mas, acima de tudo, essa conscientização precisa começar nos primeiros anos da escola. Tudo começa pela base e com a educação no trânsito não pode ser diferente.