O Brasil já soma 80.251 vidas perdidas pelo coronavírus e 2.121.645 pessoas infectadas, segundo dados do levantamento realizado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. Dados atualizados até as 20 horas de ontem mostram que, em 24 horas, foram registrados 718 novos óbitos e 21.749 casos de contaminação pela Covid-19. Nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.047 óbitos.
Segundo o especialista em geografia da saúde e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Raul Guimarães, está havendo uma aceleração no número de casos novos, atingindo os municípios menores. "A Covid está entrando em áreas de maior vulnerabilidade, onde a letalidade é maior. A doença começa a avançar em municípios em que há uma proporção maior de pessoas com mais de 60 anos. Esses são os dois tipos de problemas que nós estamos enfrentando agora. Isso em São Paulo é bastante nítido, no Rio Grande do Sul também", alertou.
São Paulo continua sendo o Estado mais afetado pelo vírus e já ultrapassou a marca das 19 mil mortes pela doença em um momento de flexibilização da quarentena e retomada das atividades econômicas. O número total de mortes pelo coronavírus no interior de São Paulo superou ontem o da capital. O aumento nos municípios de pequeno porte também levou a um recorde de óbitos nos últimos sete dias.
Sem controle
A Região Sul do Brasil perdeu o controle da pandemia e se vê obrigada a fechar comércio e praias para conter a explosão do coronavírus. Na soma dos três Estados, o número de casos triplicou, saindo de 49.908 no dia 20 de junho para 155.078 na manhã de ontem. As mortes acompanharam a escalada, passando de 1.095 para 3.264.
Santa Catarina voltou a fechar as praias em todo o litoral, um dos mais procurados pelos turistas. No Rio Grande do Sul, com a capital ameaçada de lockdown, 18 das 20 regiões foram para a fase vermelha, de alto risco de infecção. (E.C.)