A vida moral íntima é sempre um quarto escuro, mesmo vivendo a era dos adoradores. Todo maroto quer levar seu sacrifício perante à divindade, quando não ao salvador da Pátria, de plantão! Todos querem na sua atividade dar seu presentinho a ela ou ele. Como professor, frequentemente me envolvo em conversas com outros bafejados pela mesma sina: com exclusão da finalidade, sobre suposta necessidade de organização e estrutura exagerada nas aulas. A justificativa geralmente é: "para animar a galera", "para melhorar o comprometimento" e vai por aí. Se alguma escola representa um libelo tradicional contra a ignorância, são taxadas de frias e conservadoras, quando não fossos de alienação!
Olhando mais a fundo, vejo que o Ensino Verdadeiro, que aponta para a Competência, tem sido deixado de lado. Como muito já se tem afirmado: é necessário dirigir o foco para a Competência. Nada de cotas, esquemas globais ou parciais ou ainda mágicos, de avaliação! Se isso não ocorre, temos de olhar para nós mesmos. É isso que tem ocorrido. O nível de conhecimento tem que ser adequado ao paladar das pessoas? Se não sentem a presença da necessidade de dar a sua contribuição, as coisas se complicam ainda mais, quando de tudo é feito para que fiquem satisfeitas com artimanhas, a título de benesses: ações calcadas na emoção deixam a racionalidade de lado. Como se o educar voltado para a cidadania não fosse voltado para a Competência.
Todos devemos apresentar nossa parcela de sacrifício, vivo, sagrado e agradável ao Altar da Competência. Isso parte da razão, não da emoção. Se a nossa racionalidade de pensar numa obra perene para nossos descendentes, em nossa vida nos traz emoção, comoção, é outra história, mas tudo parte de um raciocínio, do culto de dentro para fora. Não é isso que se tem visto: pessoas querendo consertar suas vidas na condição de quase indigência fazendo, pelo voto cego, uma oferta ingenuamente impura ao Salvador da Pátria, sem saber ao certo o risco que correm. Equivalente a acionar uma bomba de efeito retardado!