O Alto Tietê iniciou a semana com a expectativa em alta para ser promovido de categoria na escala de flexibilização das restrições comerciais adotada pelo governo do Estado. Até a próxima sexta-feira, quando o governador João Doria (PSDB) deve anunciar uma atualização do Plano São Paulo, a região terá completado 15 dias na faixa laranja, a segunda no processo de avaliação. Para ser alçada à terceira etapa, a amarela, é preciso, segundo critérios do Estado, além da manutenção dos parâmetros do estágio anterior, indícios de evolução em quesitos, como o índice de isolamento, a taxa de ocupação de leitos de UTI e a tendência da curva de novos casos de Covid-19 e de mortes em decorrência da doença.
Mesmo que as taxas de isolamento na região tenham caído nos últimos dias para uma média de 47%, a ocupação de leitos, de acordo com dados do governo de São Paulo, é de 68,8% em UTI e de 57,8% para enfermaria, com tendência de queda, na Região Metropolitana, área que inclui o Alto Tietê. Com estes números mantidos até o final de semana, a região se credencia para ser classificada na fase amarela.
O Ministério da Saúde divulgou um estudo na semana passada, com base em dados levantados em todos os Estados brasileiros, que revela a chamada interiorização da pandemia no país. Atualmente, as cidades mais distantes das capitais, respondem por 60% do registro de novos casos. Um mês atrás, havia empate técnico na proporção e, no início de abril, a divisão estava em 35% para o interior e 65% para os grandes centros.
Apenas para ilustrar, o Grupo Mogi News publicou, em 5 de junho, uma comparação entre as cidades de Mogi das Cruzes e Campinas. Na ocasião, Mogi tinha 104 mortos por Covid-19 e 1.238 casos confirmados, enquanto a cidade do interior registrava 92 óbitos e 2.298 ocorrências positivas. Em números de ontem, 17 dias depois, Mogi estava com 141 mortes e 1.752 casos confirmados e Campinas já informava 213 óbitos e 5.751 diagnósticos confirmados. A evolução da doença, na relação entre as cidades, comprova a interiorização da pandemia e indicam, mais uma vez, o quadro de estabilidade da região.