Sem medo de errar admito que quase sempre é preciso um golpe de ousadia, quando não de loucura, para se construir um grande destino. Toda felicidade é obra-prima: o menor erro falseia-a; a menor hesitação altera-a; a menor falta de delicadeza desfeia-a.
Quando se pisa numa brasa, um segundo parece uma hora. Para Einstein, isso é relatividade. Então por que não admitir, num só momento que seja de lúcido discernimento, que tudo o que nos é dado vivenciar é relativo? E compreender que ser idoso tem lá as suas vantagens: sentir-se merecedor da idade que se tem é uma delas! Nem toda senilidade é embriaguez, sem vinho: a alegria mais nobre dos homens que aprenderam a raciocinar é a de haver explorado o concebível e reverenciado o incognoscível, sem se sentir afetado em sua serenidade.
Sem descartar o mérito das reivindicações sadias e democráticas, ante o triste espetáculo que nos é dado observar país afora, porque não lembrar que: a violência é o último refúgio dos incompetentes! Agora, se me tornei um educador, como tantos outros idealistas, se tão intensamente tenho de tudo feito para justificar tal título, ainda estou esperando que algo aconteça. Acho que tudo foi por não acreditar que existem poucas pessoas realmente inteligentes sobre a face da Terra. E na cola do desencanto tendo por base o materialismo reinante: um homem de sucesso seria aquele que ganha mais dinheiro do que sua mulher gasta? Na contramão: a mulher de sucesso seria aquela que consegue encontrar esse homem? Pasmem! Se é que ainda não caíram na armadilha.
Um dos que se sente mais que afinado com tudo o que aí está não acredita em Deus. Segundo ele Sua existência foi desmentida pela ciência! Mas, numa unidade hospitalar de transplantes, em situação crítica, aprendeu a acreditar nos homens. Naqueles que praticam a Divina Arte da cura ao aprender como dominar e conviver harmonicamente com os segredos da Natureza! Ao se sentir frágil, passe a estar mais aberto ao que está acontecendo ao seu redor, e daí tirar sábias e reconfortadoras conclusões!