Vou começar esse artigo fazendo uma homenagem especial aos trabalhadores da Saúde, em reconhecimento ao empenho e dedicação demonstrado por eles durante todo esta pandemia. Ao mesmo tempo, quero manifestar meus sentimentos de solidariedade e dor por aqueles que morreram em decorrência do Covid-19.
Infelizmente, nem toda a sociedade brasileira tem reconhecido isso. Uma parte, que inclusive busca a todo momento desqualificar os números e outras informações dadas pelos especialistas usando as odiosas fakes, estão agindo com profundo desrespeito e agressividade.
É uma minoria que faz muito barulho. Principalmente pelo fato de suas ideias estapafúrdias e ações absurdas ganharem amplificação por terem como espelho alguém que ocupa o cargo público mais importante do nosso país.
Sim, estamos vivendo um capítulo particular e triste da nossa história. Nunca imaginei testemunhar um presidente estimulando seguidores a invadirem equipamentos de saúde para verificar se a ocupação de leitos corresponde ao anunciado. Isso foi de uma irresponsabilidade que ultrapassa qualquer limite. A forma ostensiva e as ofensas dirigidas a veículos da imprensa e seus jornalistas pelo presidente já haviam estimulado a agressão por parte de seus seguidores. Na semana passada um homem invadiu a sede de jornalismo da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Armado com uma faca fez uma jornalista de refém exigindo falar com a apresentadora do Jornal Nacional, a jornalista Renata Vasconcellos.
Invadir hospitais é crime e o mesmo entendimento deve se estender para aquele que estimula tal ação. Esse negacionismo absurdo explícito por boa parte dos integrantes desse (des)governo alimenta o fanatismo de seus seguidores.
Temos assistido todo tipo de desrespeito à lei em diversas manifestações favoráveis ao governo. No último domingo, integrantes do grupo de apoiadores de Bolsonaro denominado "300 do Brasil" lançou fogos contra o prédio do STF. Existe crime e é de irresponsabilidade.