Um dia pós anunciar a reabertura econômica, o Estado de São Paulo bateu um novo recorde e registrou ontem 6.382 novos casos de Covid-19 em 24 horas. No cenário nacional também houve recorde de novas infecções: foram mais de 26 mil novas ocorrências nas últimas 24 horas.
O pico anterior registrado no Estado de São Paulo, de 4.092 casos novos em um dia, havia sido alcançado no dia 15 de maio. Com o aumento, o Estado tem 95.865 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O total de mortes subiu para 6.980, com 268 óbitos a mais do que no dia anterior.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento à Covid-19 é de 77,4% no Estado de São Paulo, contra 73,3% no dia anterior. Na Grande São Paulo, o índice está em 89,2% - um dia antes, era de 86,7%. Atualmente, há 12,5 mil pacientes internados em hospitais de São Paulo, sendo 4.701 em UTI e 7.805 em enfermaria.
Entre as vítimas em São Paulo estão 4.091 homens e 2.889 mulheres. Os óbitos se concentram em pacientes com 60 anos ou mais, que totalizam 72,8% das mortes. Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,7% dos óbitos), diabete (43%), doença neurológica (11,2%), doença renal (10,4%) e pneumopatia (9,4%).
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Estado aplicará medidas mais duras de distanciamento social, incluindo lockdown, caso não haja "comportamento adequado" da população durante a reabertura gradual.
As novas regras começam a valer a partir da próxima segunda-feira, quando as regiões paulistas serão enquadradas em diferentes escalas, de acordo com a resposta à pandemia do coronavírus.
Em termos nacionais, o Brasil contabilizou ainda 1.156 novas mortes pela Covid-19 em 24 horas, elevando o total de óbitos pela doença para 26.754, segundo o balanço divulgado ontem à noite Ministério da Saúde. De anteontem para ontem, houve registro de 26.417 novos casos de infecção pelo novo coronavírus e agora são 438.238 pessoas contaminadas em todo o país.
Do total de óbitos confirmados, 539 ocorreram nos últimos três dias. O restante foi em período anterior, mas só teve agora a confirmação. O ministério informou que outros 4.221 óbitos estão em investigação por suspeita de Covid-19. Ontem, o Ministério da Saúde mais uma vez deixou de fazer a entrevista coletiva para prestar esclarecimento sobre as ações relacionadas ao combate da pandemia.
São Paulo segue liderando em número de casos, seguido pelo Rio (44.886 casos e 4.856 óbitos) e pelo Ceará (37.821 casos e 2.733 mortes).
O Brasil segue ocupando a segunda posição entre as nações com mais casos de Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que acumulam mais de 1,7 milhão de infectados, segundo dados compilados pela plataforma da Universidade Johns Hopkins até as 19 horas de ontem. Na lista das nações com mais mortes acumuladas, o Brasil ocupa a 6ª posição. Só fica atrás de Estados Unidos (101.196), Reino Unido (37.919), Itália (33.142), França (28.665) e Espanha (27.119).