"O pau comeu em casa de Noca"! Em sua linguagem de outros tempos, era assim que meu pai se referia, a um lugar onde teria havido confusão, zona, rebu!
Lembrei-me do termo, ao conversar com meu amigo Zé, que abominando a multidão de pessoas que atropelam as normas sobre o corona, e se reúnem por aí, relatou-me que em determinado bar, sem máscaras, bebendo até não poder, um certo grupo se reuniu. Lá pelas tantas, dominados pela bebida, houve discussão pesada e palavrão para todos os lados.
Simplório, ao definir a bagunça, me disse o Zé: O palavreado foi mais ou menos como o gravado na reunião do Ministério Presidencial! Fiquei pasmo - pela primeira vez, ao contrário do que alardeiam, o botequim usou expressão de autoridades da nação, e deixou os que escutaram ruborizados -, mas me pus a pensar!
E concluí, que a coisa foi muito além disso! Nas "biritarias", os fregueses são autênticos, expõem o que vivem - e o que falam -, no dia a dia. Dão, inclusive, a oportunidade ao ofendido de brindar-lhes com catiripapo. Já no interior das paredes palacianas, os "bem formados representante do povo", que, amiúde, tentam se mostrar elegantes, dão vazão àquilo que, não fosse a covardia, trariam a público.
E aí defenestram, atacam a honra, usam o baixo calão como linguagem diplomática, posam de super-heróis; em sonhos, prendem e arrebentam.
Verdade que de "ajudantes de ordens" preocupados em badalar àquele que não prima pela boa educação; de serviçais apegados aos reles e passageiros cargos que ocupam; de exército de mal formados mentecaptos, não era de se esperar muito!
Mas, convenhamos: aí já foi demais! Senão o que dizer, entre outros, de chefete da Educação, semianalfabeto, que, em ato abertamente golpista, prega de boca cheia a prisão dos "vagabundos" membros de Poder Constituído? E da mulher da goiabeira, que, fugindo ao figurino de ingênua, cobra criada, marchou na mesma senda?
Não precisa se dizer mais! Minhas reverências aos botecos!