Em um curto espaço de tempo, os prefeitos do Alto Tietê uniram forças para combater e rechaçar medidas do governo do Estado de São Paulo que os desagradaram e conseguiram determinados feitos.
O alinhamento de posicionamentos mais recente ocorreu na semana passada, quando o Conselho de Prefeitos do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) decidiu solicitar ao governo do Estado, em caráter imediato, a revisão da classificação atribuída para a região no Plano de Retomada Consciente, uma vez que, pelo anúncio feito na quarta-feira pelo governador João Doria (PSDB), o Alto Tietê permanecia na fase vermelha, o que significa a vigência das regras da quarentena pelo menos até 15 de junho e sem qualquer abertura ou flexibilização do comércio.
Há oito meses, o grupo de representantes dos Executivos da região esteve em outra batalha uníssona contra a instalação de uma praça de pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88). Na oportunidade, sem a consulta ou avaliação dos prefeitos, o governo decidiu por privatizar uma série de rodovias próximas e que cortam a região, com a contrapartida da instalação de um posto de cobrança na rodovia Mogi-Dutra, que liga os municípios do Alto Tietê.
As semelhanças entre os temas são significativas, pautadas principalmente pelo desprestígio que os governantes municipais possuem perante o Estado. Ao passo que fica evidente o alinhamento dos prefeitos em pautas comuns recentes, liderados majoritariamente pelo Condemat, fica claro que o governo do Estado pouco tem feito ou privilegiado a região, considerando estratégica apenas quando lhe convém.
O governo, liderado pelo tucano Doria, ainda não resolveu, em definitivo, os dois pleitos dos políticos do Alto Tietê: não descartando o pedágio e mantendo os municípios sem a permissão para reabertura gradual.
Em breve, contudo, a região também estará com a liberação de retomada de algumas atividades. Mas, mais uma vez, fica o sentimento de que os municípios da região não gozam de prestígio no Palácio dos Bandeirantes.