O processo de desmatamento da Amazônia parece seguir alheio ao caos nos sistemas de saúde dos Estados da região com a pandemia do coronavírus. Os alertas de corte raso de floresta feitos pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), voltaram a apresentar alta no mês de abril, em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram derrubados 405,61 quilômetros quadrados de floresta entre 1º e 30 de abril, ante 247,39 quilômetros quadrados no mesmo período de 2019, uma alta de 64%.
Em 2019, o desmate começou a se intensificar a partir de maio e isso continuou pelos dois meses seguintes, o que fez com que a taxa de desmatamento oficial da Amazônia (entre 1º de agosto de 2018 a 31 de julho de 2019) fosse a mais alta em dez anos, em uma elevação de quase 30% em relação ao ano anterior. Pelo ritmo atual dos cortes, que se mantêm intensos desde agosto, a expectativa é de que a taxa oficial seja ainda mais alta neste ano. (E.C.)