A pandemia de Covid-19 gera ansiedade, temor, mortes e chacoalha verdades. Entendo que haja discordâncias. Mas, à semelhança das grandes democracias, enfrentamos o coronavírus com medicina e ciência. O isolamento é a única forma de evitar a explosão mortífera do vírus.
Em quarentena, ganhamos tempo para preparar hospitais, produzir testes, cuidar das consequências que atingem os mais vulneráveis e também rearranjar a atividade econômica.
Governos responsáveis estabelecem prioridades e ações, não politizam o vírus. Em São Paulo, teremos quarentena até dia 10 de maio.
Em boa parte do Brasil, porém, vivemos um paradoxo: o acerto de medidas de governadores e prefeitos, que pouparam milhares de vidas. E os que minimizaram a doença. Houvesse pilhas de corpos, os que hoje se queixam estariam em silêncio.
A pandemia confinou 4,5 bilhões de pessoas em 110 países. Superlota hospitais, ameaça médicos e enfermeiros. O que ainda é preciso para reconhecer tamanho poder destruidor?
Até que surja uma vacina ou remédio comprovadamente eficaz, o coronavírus será parte do nosso cotidiano. São Paulo preparou sua estrutura de saúde com compra de equipamentos, criação de leitos, contratação de profissionais de saúde e hospitais de campanha.
Também está em curso a doação de 4 milhões de cestas básicas reforçadas com produtos de higiene. A ação solidária é resultado de doações de quase 90 empresas.
O Estado fornece ajuda financeira para mais de 700 mil alunos. Negociamos, com as empresas de água, luz e gás encanado, a carência de 90 dias para famílias de baixa renda que estejam inadimplentes.
Precisamos de união. Quanto maior for nossa disciplina e respeito ao próximo, mais eficiente e segura será a retomada gradual da economia.
A quarentena é uma etapa imprescindível para que São Paulo, e o Brasil, vençam o maior desafio da sua história. Temos de nos guiar pela ciência, pela inovação e pela solidariedade. Essa é a tarefa de quem não tem tempo a perder. Nem medo do que fazer.