O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou ontem que o Estado vai destinar R$ 50 milhões para que a Prefeitura de São Paulo amplie as instalações de hospitais de campanha e aumente os leitos de Unidade de Terapia Intensiva, medidas para dar conta de atender ao aumento na demanda por essas estruturas conforme a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que se espalha pelo Estado.
Segundo Doria, o governo estadual já destinou R$ 319 milhões para mais de 500 municípios paulistas investirem em estrutura de saúde.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que o dinheiro destinado à cidade vai ser usado para a criação de mais 725 leitos de UTI na cidade. "É um trabalho conjunto, não apenas dos dois governos, mas também ao lado da ciência. Estamos fazendo o que é recomendação da OMS e das principais autoridades sanitárias", disse Covas, em referência à Organização Mundial da Saúde.
As falas aconteceram em coletiva de imprensa feita no Estádio do Pacaembu, que está sendo usado para a instalação de um hospital de campanha para receber os pacientes com Covid-19.
Covas também defendeu o fechamento do comércio de rua e as medidas de restrição à mobilidade de pessoas como forma de diminuir a velocidade do crescimento das infecções pelo coronavírus. "Não adianta abrir o comércio se não tiver cliente vivo para ir ao comércio", disse, chamando atenção para as vítimas que morreram pela Covid-19, que são 68 na Região Metropolitana de São Paulo.
"Essa dicotomia entre economia e saúde é falsa. Parte do setor produtivo tem algumas restrições, outras não, como a indústria civil, call center, que estão a pleno vapor. Aquele que não pode abrir, pode vender on-line, por aplicativo, por delivery. Claro que esse é um momento de 'perde-perde', mas a gente está defendendo o bem principal a ser tutelado, que é a vida", disse o tucano. (E.C.)