Psicólogos cristãos introduziram na igreja o ensino humanista do "valor próprio", sendo ele considerado um "outro evangelho" de origem ateísta. O Evangelho não pode ser "outro" senão o que foi revelado por Deus na Bíblia: inerrante e infalível manual de vida dado aos homens. Maslow constatou que a pessoa auto realizada não poderia amar e ajudar aos outros, além de si mesma, senão tivesse suas necessidades básicas supridas.
Chamou esse estudo "A Hierarquia das Necessidades". Usando a figura de uma "pirâmide" satisfaz a necessidade da primeira camada por ter alimento, vestimenta e abrigo. A camada acima é preenchida em sua necessidade com "segurança" e "proteção". Acima desta há o desejo afetivo de "amar" e "pertencer" de difícil realização, daí a pessoa passa a amar demais a si mesma firmada no "valor próprio" apregoado pela camada da "autoestima", perde o caminho da felicidade do "dar" e se desvia para a auto realização do "ter" que é a última camada, onde substitui o amor pelo poder, completando, assim, a satisfação de todas as suas necessidades.
Esse não é o amor ágape de Deus que devemos dar de graça pela Graça, diferente do amor humano interesseiro que busca pelo amor falso obter vantagem do próximo. Não precisamos, como pensa Maslow, primeiro nos auto realizar para depois amar o semelhante; na verdade, Deus já dá à cada um de nós estima suficiente para amarmos o próximo na mesma medida que amamos a nós mesmos.
Seria justo o próximo ficar esperando auto realização de alguém para ser socorrido em suas necessidades? Jesus no topo da pirâmide da nossa vida desfaz de cima para baixo todas essas camadas que buscam o poder do "eu" de escravizar as pessoas em vez de libertá-las pelo amor de Cristo. Na sabedoria do homem natural, debaixo para cima, ele tem de "ter para ser"; na sabedoria de Deus, de cima para baixo, o homem espiritual primeiro tem de "ser para ter". Se perder o "ter" continua sendo, porque "é", porém, o homem natural "sem ter" nada é, e deixa de ser.