A iniciativa da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes em tornar o plantão da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ininterrupto deve ser celebrada. Esse tipo de expediente já ocorre com as principais delegacias no Alto Tietê e nada mais justo do que deixar a DDM de Mogi com um plantão 24 horas. A mudança deve ocorrer até o fim do ano.
Quando não há a possibilidade de um plantão 24 horas em delegacias especializadas, como é a de Defesa da Mulher, os crimes são registrados em DPs comuns e depois de alguns dias são passados às especializadas.
Sem fechar, a DDM de Mogi poderá receber as vítimas em horários fora do período comercial, ou seja, durante as madrugadas e finais de semana, que são quando esses casos mais acontecem. Brigas em casa, quebra de medida protetiva e até os homicídios ocorrem mais quando a DDM já está fechada. Aberta nesses horários, o registro poderá ser feito na hora e as investigações começarão imediatamente.
A expectativa é que essa alteração também possa ser aplicada à DDM de Suzano o quanto antes e as vítimas possam ser atendidas em um local especializado para este tipo de crime.
Outra boa notícia é a iminente abertura da DDM de Itaquaquecetuba, que pode ocorrer até o final do semestre. O município já foi conhecido por ser um dos mais violentos da região e da Grande São Paulo, e isso deve ser aplicado também na violência contra a mulher. São fartos os registros de agressão de gênero nas duas delegacias de Itaquá, a Central e o 1º Distrito do Caiuby. Uma DDM seria importante porque traria os casos para um espaço próprio e desafogaria os plantões das duas delegacias regulares.
Tomara que essas perspectivas até o fim do ano se concretizem e Mogi possa contar um plantão 24 horas e Itaquá tenha uma unidade o quanto antes. A torcida também fica para a extensão do horário na DDM de Suzano e que outras cidades do Alto Tietê possam contar com esse dispositivo. Enquanto não mudar a mentalidade de parte da população masculina, percebendo a mulher como igual, aumentar a proteção é a melhor saída.