Cenas de pastelões explícitos foram explorados pela mídia e redes sociais.
Preparando-se para futuras eleições, o governador do Estado "convocou" policiais civis para fotografarem ao seu lado, mostrando assim faceta irreal de sua administração: a categoria estaria ao seu lado e aplaudiria suas atitudes em relação a ela, inclusive o risível aumento de 5%.
Assim, desde as sete horas da manhã, funcionários, entre eles alguns que teriam passado a noite no trabalho, se acotovelaram em um dos Departamentos da Segurança.
Mais de duas horas depois, extenuados, e notando que o chefe do Executivo não chegava - temerosos, também em deixar o local, eis que reprimendas viriam -, apelaram pela presença ali do senador Major Olímpio - e o que interessante, não tomaram a mesma providência em relação aos deputados estaduais por eles eleitos -, que de pronto atendeu aos reclamos, locomovendo-se àquele sítio.
Eis que, segundo se propaga, passava das dez quando o governador se fez presente, sendo, de pronto, inquirido pelo parlamentar que representa o Estado perante a Câmara Alta. Discussão acirrada, quase se chegando às vias de fato - se é que, de fato, se prestariam a tão absurdo papel -, o diretor do departamento onde se desenvolvia o humorístico filme, tomou providências de imediato: determinou que, truculentamente, o senador fosse expulso do espaço público, o que foi feito com as honras de praxe: empurrões, e, insinuam alguns, catiripapos.
Quanto ao prócere paulista - o mesmo que faz churrasco e joga futebol enquanto policiais são assassinados - como lhe é peculiar, esse parece ter pego a viatura oficial e ...escafedeu-se, sumiu!
Pelo que aprendi, as repartições públicas - obviamente com suas particularidades, o que se demonstra, no ato burlesco não acontecia -, têm acesso livre, quer para o "homem comum", quer, e principalmente, para a autoridade pública. Usar-se de procedimento tão aviltante, com o fito de agradar e esperar por cargos mais elevados, apequena a instituição à qual pertence.
Lamentável!