Os "sinais" dados pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) mostram que a instalação de uma praça de pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88) está cada vez mais longe de se tornar uma realidade. Impossível não associar a força que o movimento Pedágio Não - formado por quem vive à margem da estrada, próximo ao local escolhido pelo governo estadual - conquistou ao longo dos protestos, para que a ideia seja reavaliada pelo poder público.
Esses sinais apontam que a Artesp vai reconsiderar e não mexer no bolso desses mogianos, nem de quem presta serviços em Mogi das Cruzes. Mas, ao que tudo indica, a luta pela não implantação do pedágio só mudará de lugar. Sinais indicam que a ideia da Mogi-Dutra se manter sem uma praça de cobrança não vai durar muito tempo. Pode ser que o planejamento do governo do Estado se transfira para o trecho de Arujá da Mogi-Dutra, onde atualmente estão concentradas as obras de duplicação.
Seria vantajoso aproveitar as obras que já estão em andamento e instalar um pedágio por lá. Mas, certamente, a população de Arujá, Guarulhos e outras localidades que seriam diretamente afetadas não deverá enxergar essa possível proposta com bons olhos.
A Artesp ainda não indicou a mudança de planos. Pode ser que a ideia do pedágio se mantenha no km 45 da Mogi-Dutra, como talvez seja transferida para o trecho arujaense da via. Por fim, existe a possibilidade de não haver pedágio algum. Vai depender, novamente, da luta da comunidade afetada.
O movimento Pedágio Não, que encabeçou os protestos para impedir que a ideia da cobrança na rodovia avance em território mogiano, prometeu apoio a qualquer outra cidade do Alto Tietê, caso o governo do Estado decida pela implantação do equipamento, porém, segundo a própria organização do Pedágio Não, os protestos deverão surgir do município afetado.
Mogi vem mostrando força na questão. Sem alarde, é bom que as demais cidades estejam atentas e comecem a se organizar, pois uma onda de protestos pode estar prestes a ocorrer.