Vive-se em um universo que é, a um só tempo, gigantesco o suficiente para nos envolver, e pequeno o bastante, para caber em nosso coração. Para os espiritualistas místicos em sua conduta, ao contrário dos religiosos pra lá de míticos, a alma do mundo está na alma do homem, o silêncio da mais pura sabedoria: à espera de ser despertado e dar sábio sentido ao Viver!
A Vida, às vezes, parece não ter sentido, pois muitas são as interrogações que se faz diante de eventos do dia-a-dia que nos impressionam e chocam. No entanto, esse é exatamente o nosso maior desafio: em tudo se empenhar para, à custa das coisas simples, dar sentido à Vida!
Nossa existência passa a ter, então, uma lógica ou coerência, se assim o desejarem, quando se percebe a própria realidade de forma antes não percebida. Assim, à medida que se começa, por meio do autoconhecimento, a "filtrar" das emoções, o excesso de impurezas, dos maus pensamentos, fonte de todo desequilíbrio.
O envolvimento emocional que tem como origem a demanda afetiva, é o principal fator de desajuste nas relações interpessoais. E uma vez preso na teia de sentimentos não resolvidos com o passado, o indivíduo tende a transferir, de si para o outro, ou contra-transferir, do outro para si, um conteúdo inconsciente que o desarmoniza, resultando desse estado psíquico-espiritual, insegurança, angústia e inquietação existencial.
Na tentativa de ajudar um amigo ou familiar em crise existencial, muitas pessoas acabam se envolvendo emocionalmente com a situação e se desestabilizando. Sem a intervenção terapêutica, o leigo mais atrapalha do que ajuda, além de correr o risco de desencadear a crise em sua própria pele. Por isso, principalmente quando as crises são repetitivas, recomenda-se o auxílio de um profissional capacitado.
Portanto, em muitos casos, por mais que se tente ajudar o outro a (re)encontrar seu ponto de equilíbrio, tal estado de consciência encontra-se ainda indisponível para a pessoa em crise. avenida