A tal da Black Friday caiu no gosto dos brasileiros. A sexta-feira em que o comércio promove inúmeras promoções, principalmente - levando em conta a origem da iniciativa - de eletroeletrônicos, nasceu nos Estados Unidos, um dia depois do Thanksgiving - o Dia de Ação de Graças - que sempre cai na última quinta-feira de novembro. Neste dia, os gastos eram suficientes para apagar o vermelho dos balanços dos lojistas.
Entretanto, o Brasil deu uma incrementada na coisa. Incrementou até demais. Comerciantes desleais anunciaram produtos com a velha tática (malandragem) "a metade do dobro do preço". Além disso, há aqueles que transformaram o que era apenas um dia de ofertas imbatíveis em um mês de anúncios e propagandas com o nome Black Friday, uma espécie de "Black November". E a iniciativa atingiu todas as faixas do comércio. Tem promoção no restaurante, na farmácia, na balada, no plano de internet e até na ração do cachorro.
É aí que mora o perigo. Na semana que antecede o evento, que será realizada no dia 29 deste mês, as equipes do Procon de Mogi das Cruzes e Suzano orientam os consumidores para que possam se preparar melhor e aproveitar as ofertas. Uma das recomendações é fazer uma lista dos produtos ou serviços e estipular um limite de gastos. A pesquisa de preços por meio de aplicativos e sites de comparação de preços também deve ser feita para verificar se os produtos realmente estão em promoção.
Nunca é demais desconfiar das promoções, principalmente anúncios que aparecem na internet. Assim como há milhares de comerciantes bem intencionados e que enxergam a Black Friday como uma grande oportunidade para fomentar vendas e reforçar marcas, existem, infelizmente, os criminosos disfarçados de vendedores, cujo objetivo é ludibriar consumidores desatentos e, desta forma, aplicar o famoso crime de estelionato.
Pesquise, analise e, se realmente valer a pena, tanto no preço quando na procedência do vendedor, vá em frente e feche negócio.