Rogério Marinho é, sem sombra de dúvida, o maior cabo eleitoral da esquerda brasileira. Por que a esquerda não faz oposição? Porque não precisa. O maior aliado político da esquerda brasileira chama-se Rogério Marinho. O ex-deputado federal, que não foi reeleito em razão da reforma trabalhista, é o atual secretário especial do governo federal, responsável pela reforma da Previdência. Especialista em dizimar direitos dos mais pobres, Marinho agora defende a reforma da lei de planos de saúde.
A ideia, como sempre, é modernizar, em prejuízo dos poucos usuários que ainda conseguem pagar os planos de saúde. Ele quer acabar com o limite de reajustes dos planos, hoje em 59 anos. Ou seja, segundo Marinho os planos poderiam aumentar seus valores de forma ilimitada. Alguém pode imaginar quanto custaria o plano de saúde de um idoso de 80 anos? Pois é assim, atendendo os planos de saúde, que Marinho pretende trazer a esquerda de volta ao poder.
O que assistimos no Chile é o que fatalmente acontecerá no Brasil se continuarmos apenas retirando direitos. Não é possível continuar reduzindo garantias de empregados (reforma trabalhista), segurados do INSS (reforma da Previdência) e agora de usuários de plano de saúde privados que é a minoria do Brasil que tentam fugir da rede do SUS por motivos óbvios. Nesse ritmo, a esquerda brasileira não precisará fazer nada para voltar ao poder, basta deixar o atual governo continuar apertando a classe média e dizimando os mais pobres.
Não há crescimento econômico, não há atividade de recuperação, nenhuma medida eficaz para retomada econômica, nenhuma política pública de incentivo a nada e nem sombra de qualquer reforma fiscal. Estamos próximos do fim do ano e a situação de estagnação não se alterou. Não dá para viver de bravatas e vídeos de hienas é preciso governo e rápido. Senão viveremos aqui o que assistiremos na Argentina e no Chile.