Boa parte das instituições brasileiras está aparelhada pela ideologia marxista e isto saltou aos olhos, recentemente, na etapa eliminatória de conhecimentos gerais, com 60 questões de múltipla escolha para a seleção de candidatos ao Curso de Especialização em Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), à medida que a respectiva prova trazia várias perguntas que deveriam ser respondidas à luz da visão esquerdista para serem consideradas corretas.
Por exemplo, a resposta correta à questão "a saída de Dilma Rousseff da presidência da república se deu por meio de golpe institucional". Outra pergunta afirmava que a emenda constitucional que instituiu o teto de gastos públicos foi uma das "medidas recentes dos governos após o Golpe de 2016" e, além disso, noutra, os candidatos tinham que concordar que Lula é considerado, mundialmente, como preso político.
A prova enalteceu também líderes e ditadores esquerdistas e destacou pautas progressistas como a ideologia de gênero e a ligação de neofascismo com a direita. Pelo que consta, o concurso já está anulado e quem se indignou, manifestando-se nesse sentido na ALESP foi a Deputada Janaína Pascoal. Vale destacar que não se trata de proibir as pessoas de terem suas próprias perspectivas sobre os fatos históricos, mas de atrelar a aprovação em concurso público com a exposição inequívoca de que suas ideias estão alinhadas com determinada ideologia e, pior, contrapondo a história real, como na questão do golpe, do preso político, etc.. É certo que isto é inadmissível. Temos liberdade de exercer nossa expressão, mas em concurso, provas e afins, primeiro tem que haver a coerência de se testar o conhecimento do candidato em áreas diretamente relacionadas com o segmento a que refere o concurso e, se o propósito é aferir o conhecimento geral, que perguntas e respostas não obriguem o candidato a manifestar viés ideológico correspondente ao do elaborador do exame para que suas respostas sejam consideradas corretas e, por fim, consiga obter a tão sonhada vaga. Há que se anular, mesmo, e vigiar!