Há um mistério em torno da morte da pequena Raíssa, de 9 anos, ocorrida no último domingo no Parque Anhanguera, região de Perus, na zona norte de São Paulo. O assunto, que não há possibilidade alguma de ser digerido com facilidade, ainda é citado, com grande comoção e revolta, entre os internautas do Alto Tietê. Aliás, não só no meio digital, mas nas rodas de conversa, filas de supermercados e nas reuniões de amigos e familiares. A pergunta é: como um menino de 12 anos, apontado como o principal suspeito de ter assassinado a garotinha, seria capaz de cometer um crime tão cruel? O corpo dela estava amarrado pelo pescoço em uma árvore.
Segundo as investigações, ela teria sido morta com golpes de madeira no rosto. O menor infrator foi levado para a Fundação Casa, onde deverá permanecer internado por 45 dias. Neste intervalo, ele será avaliado psicologicamente por uma equipe multidisciplinar. Os especialistas querem entender o motivo do crime, já que no bairro onde mora, o menino foi classificado pelos moradores como sendo uma criança extrovertida. A pequena Raíssa era vizinha dele.
Trata-se de um caso bastante delicado. Envolve duas crianças e, além disso, ao que apontam as investigações, o adolescente suspeito pode sim ter algum tipo de desiquilíbrio da ordem psiquiátrica, entre eles a psicopatia. Policiais que conversaram com o garoto disseram que ele não demonstrou arrependimento ao confessar o crime. Ressaltando que, diante dos policiais, o menino chegou a dar outras versões sobre a morte da menina, inclusive envolvendo um homem tatuado. A participação de uma outra pessoa não foi descartada.
A polícia precisa de extrema cautela e bom senso para encaminhar este inquérito e revelar, o quanto antes - à sociedade e, principalmente, à família de Raíssa - o que de fato aconteceu na tarde daquele domingo. E, infelizmente, se realmente o menino for o responsável por esta atrocidade, que receba o tratamento (punição) adequado e, se necessário for, que permaneça internado, para que não tenhamos outras histórias escabrosas como a da pequena Raíssa.