Uma série de revoltas populares toma conta do mundo. A começar pela China, onde, considerando medidas do governo central relativas à extradição de prisioneiros, o povo se pôs nas ruas e ensejou passeatas de vulto, inclusive colocando em risco os meios de transportes e os próprios públicos.
Enclave riquíssimo em país que se abre a olhos vistos para o capitalismo, pese a violência com que reprime tais atos, Pequim resolveu dialogar, apelar para a diplomacia, ao invés de se expor aos olhos dos "possíveis clientes" internacionais. Seguindo cartilha idêntica, os independentistas catalães, também demonstraram o desagrado pela condenação daqueles que, sonhadores ao extremo, pretenderam fazer independente o território autônomo espanhol.
Refregas entre os grupos protestantes e as forças de contenção estatais tornaram-se comuns, contando, ambas as fileiras, seus feridos.
Quer na Ásia, quer na Europa, acima de tudo, se luta por ampla liberdade. Seguindo a trajetória, foi a vez de nossa América provar o gosto do fenômeno. Acostumado a rebeliões como as narradas, no Equador, tal a intensidade dos clamores, se viu a necessidade de mudar a capital administrativa, - de Quito para Guayaquil - eis que a população indígena a ameaçava.
E, mais recentemente, o Chile, logo ele, tido e havido há tanto como exemplo a ser seguido, foi tomado por batalhas campais, teve que enxugar o sangue abundante de 15 mortos que lavaram suas ruas!
Identicamente aos dois outros continentes, aqui também se anseia por liberdade, nos casos não a territorial, mas a proveniente da igualdade social, a que permite mínima qualidade de vida. Resultado das manifestações, o presidente chileno, penitenciando-se - chegou a pedir perdão -, anunciou agenda social para promover as reformas pretendidas - aumento do salário mínimo, reforma do sistema previdenciário e da saúde, etc.
Também nós, com desigualdade social palpável, nos sujeitaremos, novamente, às nefastas cenas de 2013?