Menos direitos trabalhistas. Essa é a senha do Presidente Bolsonaro para que Rogério Marinho, deputado não reeleito use a carta branca da Presidência para revogar mais direitos dos empregados. A justificativa é a ilusória geração de mais empregos. O presidente tem a ideia fixa de que, quando se reduz direitos dos empregados se gera mais empregos. Empregos são gerados pela demanda do mercado e não pela redução de direitos. Nenhuma fábrica contrata mais empregados porque os direitos foram reduzidos, apenas demite os antigos para contratar outros com menos direitos.
Empregador só contrata para suprir sua necessidade produtiva que só ocorre pela demanda do mercado. Uma fábrica de automóveis que não vende sua produção não contratará mais metalúrgicos porque seus direitos foram reduzidos. Contratará mais empregados para suprir sua demanda produtiva, pouco importando quais sejam os direitos desses empregados.
A ideia é deixar apenas aquilo que não pode ser eliminado pela garantia constitucional. O governo pensa que a redução de direitos gera mais empregos. O Brasil assistiu a maior redução de direitos dos empregados em 2017, mas não sentiu nenhum impacto significativo na redução dos índices de desemprego. Geração de empregos não está vinculada a quantidade de direitos, mas à redução dos encargos governamentais que incidem sobre os salários. Mão de obra barata só com a redução de encargos, não dos direitos do empregado. Um exemplo é a "pejotização" onde empregados abrem "empresas" para receber mais com menos encargos e impostos.
Geração de empregos se dá com a desburocratização para empresa, redução de carga tributária e desoneração da folha de pagamentos. Reduzir direitos do empregado como na reforma trabalhista de 2.017 não gera emprego. Emprego é consequência de economia forte, aumento da demanda e da produção que então gera novos empregos, nessa equação não se encaixa a eliminação de mais direitos. A crise é um pretexto para maior precarização do emprego.