As questões sobre a Amazônia brasileira têm sido pessimamente tratadas pelo senhor presidente da República!
Dono de um ego incomensurável; senhor feudal moderno; adepto do "quem manda sou eu, e, portanto, posso tudo", o nulo deputado de outrora nega-se a render-se às realidades que lhes são apresentadas, ou as tachando de mentirosas.
Nesse trilhar, ao tomar conhecimento de dados atualizados do INPE, que apontavam para desmatamento muito acima da média, ao invés de ir ao cerne da questão e se engajar no combate, fez o mais fácil: desancou o responsável pela direção do Instituto, substituindo-o logo em seguida.
Pouco importou se os satélites que monitoram a imensa floresta atestassem as afirmativas, dessem o crédito necessário ao renomado cientista. Afinal, em sua mente obtusa, era um "esquerdista qualquer" com o intuito de denegrir a pátria!
Mas, vieram as fogueiras! Bem possível, como tem se repetido, que nasçam elas de fenômenos naturais ao tempo de seca, e que, outros governos já tenham experimentado o mesmo caos. Interessante, porém, a explicação dada ao início - depois se voltou atrás, como tem sido praxe na atual gestão - : os incêndios eram criminosos, sendo as chamas provenientes de ações engendradas por Ongs, ou, quiça pessoas na condução de bicicletas, ou motocicletas.
Risível, não fosse trágico, autoridade vir a público para insistir em tão solenes pataquadas (imaginem o malabarismo do ciclista com o galão de combustível, pedalando em trilhos inóspitos, e desafiando o colosso gigante!).
Diante do quadro, a comunidade internacional - hipocritamente, eis que de há muito queimou os seus bosques - sob pena de sanções, pediu explicações sobre as medidas tomadas para se aplacar o desastre.
Foi o que bastou para o líder do Executivo dar de ombros a todos, reservando-se o direito de agir como melhor lhe aprouvesse.
Não se descobriu, ainda, que não somos uma ilha e nem moleques inocentes!