Ainda é impossível cravar os impactos que a concessão da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98) irá trazer aos moradores do entorno e usuários da estrada, mas, se seguir o novo modelo que o governo do Estado implementou, começa de maneira positiva. Isso porque, a concessionária responsável terá de realizar melhorias - o que não inclui duplicação das pistas - e apresentá-las à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) antes de pensar em uma possível cobrança de pedágio no trecho da Mogi-Bertioga.
O deputado estadual Estevam Galvão (DEM) já garantiu que, em conversa com o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), teve a confirmação de que não haverá pedágio na via que corta Mogi das Cruzes. A assessoria de Garcia, porém, entrou em contato com a redação do Mogi News e amenizou a informação, com a justificativa de que ainda é muito cedo para detalhar e determinar pontos-chaves do projeto, ainda em fase de elaboração.
O processo de concessão da Mogi-Bertioga, que deverá ocorrer no primeiro trimestre do próximo ano - segundo garante o governo estadual - inclui outros trechos, ou seja, além dos 50 quilômetros que correspondem à Mogi-Bertioga, há ainda mais 170 quilômetros que fazem parte do mesmo pacote que será de responsabilidade da iniciativa privada a partir de 2020. Mesmo sem a confirmação de uma possível cobrança aos motoristas no futuro na SP-98, se o novo modelo de concessão do Estado for seguido - e isso deverá ocorrer - pelo menos a empresa responsável trará melhorias básicas antes de cobrar os motoristas que passam pela via.
Isso ocorreu em Piracicaba, onde a iniciativa privada teve de se comprometer com uma série de melhorias logo de início. A concessão deste trecho caminha a passos largos, já que a Artesp prevê que a nova concessionária inicie a operação no primeiro semestre do ano que vem, um ano e meio após a confirmação do Estado de que as vias seriam concedidas à parceria público-privada.
Vamos aguardar se pelo lado de cá haverá a mesma celeridade no processo.