O constante crescimento das cidades é um dos motivos que obriga a máquina pública a buscar permanentes melhorias em todas as áreas. Considerando apenas o G5 do Alto Tietê, temos bons exemplos de municípios que estão em progressivo crescimento populacional, como Mogi das Cruzes, que ultrapassa os 440 mil habitantes; Suzano, com quase 300 mil; Itaquá (366 mil); Poá (116 mil) e Ferraz de Vasconcelos (mais de 190 mil), os quais não se permite que as prefeituras deixem de discutir frequentemente avanços em todos os setores da sociedade.
Além das demandas locais, há também antigas questões que devem ser discutidas em âmbito nacional e, evidentemente, passar pelas cidades da região: a melhoria nas escolas públicas.
Dependendo da idade do leitor, pergunte aos mais velhos que passaram pelas instituições públicas do país como elas eram avaliadas na época. Essas escolas tinham o respeito que mereciam do poder público e ofereciam educação de qualidade. Se a eficiência era a marca dessas instituições, que se igualavam e, muitas vezes, eram até melhores do que as particulares, hoje a marca é a deficiência - principalmente no ensino, na estrutura, preparo dos profissionais e segurança. Além disso, o professor carregava consigo o status de autoridade e praticamente não havia espaço para desrespeito na relação aluno/professor. Quando ocorria, era necessária a transferência do estudante para uma escola particular, realidade inversamente proporcional aos dias de hoje, ou seja, alunos que não se enquadram nas unidades particulares acabam caindo de paraquedas nas públicas.
Será que o orçamento federal de cada ano, se bem planejado, não poderia oferecer recursos suficientes para melhorar a qualidade aos quase 45 milhões de alunos da educação básica espalhados pelo Brasil? Apenas no Alto Tietê são 170 mil estudantes.
A situação das escolas públicas é uma vergonha. Exagero? Há casos comuns de corrupção aceitos pelas escolas, violência, tráfico de drogas e depredação. Uma vergonha.
É isso, até agora, o que estamos plantando para o futuro.
