Secretários Especiais. Essas figuras só trazem problemas para nossa sociedade, dois deles especialmente. Um já conhecido de todos é Rogério Marinho, deputado federal não reeleito, mas estranhamente acoplado ao governo na Secretaria Especial do Trabalho e Previdência. É um cortador de direitos dos empregados e agora dos segurados compulsórios da Previdência Social.
A reforma trabalhista, por ele tocada no governo Temer, não gerou nenhum emprego e os índices altíssimos de desemprego se mantêm. Mas a caixa de maldades não cessa: na medida provisória da Liberdade Econômica, Marinho e seu chefe querem aniquilar outros direitos. Parte dessa aniquilação será barrada, mas medidas prejudiciais com o trabalho aos domingos de forma indiscriminada e a eliminação do controle de jornada serão chanceladas pela Câmara dos Deputados, tudo por meio de medida provisória, originalmente criada para ações urgentes. Não há nenhuma urgência é só maldade mesmo.
Outro secretário Especial é o da Receita Federal, Marcos Cintra, que quer ressuscitar a CPMF, agora com o nome de CP. O novo imposto incidirá sobre qualquer operação financeira, ou seja, é mesmo da CPMF. O discurso de Cintra é isolado e não encontra eco nem no Congresso nem em Bolsonaro, que afirma que não recriará a CPMF. Bom, o nome é diferente, é só CP, Contribuição Previdenciária, que seria a nova fonte de renda do INSS em lugar da contribuição previdenciária patronal.
O motivo é sempre nobre: diminuir o custo da mão de obra do empregador e assim gerar mais empregos, mas na prática é apenas a criação de mais um tributo que onera a população, incide em cascata e, como se sabe, será utilizado para tudo, menos para custear as aposentadorias.
Secretários Especiais, causas nobres, restrição de direitos e aumento de impostos, esse tem sido, até agora, o governo Bolsonaro. Nenhuma medida efetiva para retomada da economia, de empregos ou crescimento da atividade produtiva. As únicas novidades são as frases de impacto do nosso presidente. Que tal parar de falar e começar a fazer?