Nos anos 40 eram poucas as escolas públicas em Mogi das Cruzes. Destacava-se, além da Coronel Almeida, a Aprígio de Oliveira. Nessa época, era comum as crianças se organizarem em filas para entrar em sala e cantar o hino nacional, assim como meninos e meninas estudarem em salas diferentes.
A diretora aposentada, Jurema Valiengo, de 79 anos, estudou na escola Coronel Almeida. Sua última visita ao colégio foi no domingo retrasado, na eleição do Conselheiro Tutelar. Sempre que se recorda da escola onde estudou dos sete aos 10 anos, lembra com muita alegria e saudade. "Eu gostava muito dos professores de lá, tenho muito carinho por todos eles e dos meus amigos", relembrou.
Inclusive, a vontade de se tornar professora veio da gratidão que tinha por seus mestres. "Eu quis ser professora porque admirava meus professores. Os alunos tinham muito respeito por eles, a admiração era tanta que a gente imitava-os", contou.
Além de ter dado aulas de alfabetização para adultos na Coronel Almeida, a tradição de estudar nessa escola veio de família. "Minha mãe também foi aluna de lá. O diretor da época era o mesmo de quando eu fiz o Ensino Fundamental", recordou.
Jurema relembra que escolheu estudar na Coronel porque era uma escola bem renomada, perto de sua casa e as aulas eram de segunda a sábado. "Ia para a escola de manhã. Além das disciplinas bases, nós tínhamos aula de trabalhos manuais e os professores ensinavam a gente a cantar", disse. Já nesse tempo, era considerada uma escola pública de qualidade e uma das melhores da cidade. Título que carrega até hoje. (M.Q.)