Pressionado, o São Paulo começa hoje a sequência que pode determinar o rumo do time na temporada. A partir das 19 horas, a equipe visita o Internacional no Beira-Rio, pelo Brasileirão. Uma vitória deixa o São Paulo na segunda colocação do campeonato, ultrapassando justamente o Inter, mas um tropeço deve fazer a equipe perder posições ao final da 12ª rodada.
Após a partida no Beira-Rio, a delegação são-paulina permanece em Porto Alegre e viaja na segunda-feira para a Argentina, onde terá pela frente o River Plate na quarta. Se a situação no Brasileirão ainda é "confortável", na Copa Libertadores a equipe não pode perder para ainda ter chance de classificação às oitavas de final. Mesmo se vencer o River, o São Paulo não dependerá apenas de si na última rodada da fase de grupos para avançar ao mata-mata. Um empate deixaria o time precisando de "milagre", envolvendo resultados e saldo de gols.
A pressão sobre o técnico Fernando Diniz, os jogadores e a diretoria continua enorme. Na sexta-feira, no embarque da delegação para Porto Alegre, um grupo de cerca de 20 torcedores protestou no aeroporto. A manifestação teve xingamentos aos atletas, ao treinador e ao diretor executivo de futebol, Raí.
Para o jogo de hoje, Diniz fará mudanças na equipe. O meia Daniel Alves volta após se recuperar de fratura no antebraço. O atacante Luciano também retorna depois de ter cumprido suspensão na Libertadores - ele ainda tem mais um jogo de gancho e não poderá enfrentar o River Plate. O lateral-direito Juanfran, que tinha ido para a Espanha por causa de problemas familiares, está novamente à disposição, mas deve iniciar no banco de reservas.
Diniz completa neste sábado exatamente um ano como técnico do São Paulo. Mais longevo no cargo desde Muricy Ramalho, em 2015, ele sabe que poderá ser demitido se a equipe não mostrar reação nesta sequência decisiva. O treinador comandou o time em 44 jogos, com 20 vitórias, 11 empates e 13 derrotas, aproveitamento de 53,8%.
Questionado sobre a possibilidade de perder o cargo caso o São Paulo tropece nos próximos jogos e não consiga a classificação na Libertadores, Diniz disse se apegar às chances de reação.