Esporte e família caminham juntos na opinião do treinador do Mogi Basquete, Jorge Guerra, conhecido como Guerrinha. A data comemorada hoje é especial para o comandante que, aos 60 anos de idade, é pai de três filhos: Guilherme, 33, Marcelo, 31 e Carolina, 28, que atualmente mora na Califórnia, nos Estados Unidos. A correria do dia a dia, aliada ao calendário esportivo agitado de Guerra, faz com que ele consiga reunir toda a família apenas uma vez ao ano, por duas semanas. "Diria que não interfere na nossa relação, mas dificulta muito. Minha netinha, Maria, já está com 8 meses e, se somar os dias, ficamos juntos nesse tempo apenas duas semanas. Consequentemente, com os filhos é pouco o tempo que estamos todos juntos", afirma o treinador.
Mesmo com a distância, o comandante do time de basquete de Mogi faz questão de manter contato virtual com os filhos todos os dias, o que alivia um pouco a saudade. "Estão na fase deles de trabalho e iniciando suas vidas, mas dentro do possível nos comunicamos sempre".
No time mogiano desde 2016, Guerrinha afirmou que se os filhos tivessem escolhidos seguir carreira no esporte - principalmente no basquete - ele teria muito orgulho. "Sempre ofereci uma educação esportiva até o final da adolescência para usarem os valores para o resto da vida", relembrou.
Aos atletas mais experientes com os quais trabalhou, caso do armador Lary Taylor e do com o ala Shamell Stallworth, Guerrinha sempre os considerou como filhos. E com os mais jovens não é diferente, tentando sempre passar a eles valores que transmitiu (e ainda ainda passa até hoje) a seus filhos de sangue.
Fato é que em quadra, Guerrinha trata seus comandados como se fossem parte de sua família. "Tem várias semelhanças entre o Guerrinha pai e o treinador. Dentro do profissionalismo, sempre tenho meu lado de educador e tenho todos meus jogadores como filhos do basquete".
Um destes seus "filhos em quadra", é o ala-pivô Luis Felipe Gruber, que aos 34 anos é pai de Beatriz e Thomaz Gruber, com três e dois anos, respectivamente.
Gruber teve a pequena Beatriz aos 31 anos, e desde então afirma que ter vivido uma grande mudança em sua vida. Segundo ele, é como se tivesse passado a ver o mundo com outros olhos. "Todas as perguntas e preocupações que meu pai tinha comigo agora passaram a ser minhas também, pensando sempre em dar o futuro melhor para meus filhos. Essa passa a ser a prioridade na minha vida", afirmou Gruber.
Questionado sobre a possibilidade dos filhos se tornarem jogadores profissionais de basquete, assim como o pai, o ala-pivô foi claro. "Seria muito legal poder acompanhar a carreira e estar ali para quando precisem de mim, ficaria muito feliz. Mas acho que independentemente do que decidam ser no futuro, que sejam decisões feitas por eles mesmo e que tracem seus próprios caminhos", afirmou o atleta.
Diferente de Guerrinha, Gruber ainda mora com seus filhos e tenta conciliar a vida corrida proporcionada pelo esporte com as tarefas do dia a dia e procura ajudar nos trabalhos diários que o deixam sempre perto dos pequenos, como leva-los à escola, por exemplo. "Eu e minha esposa tentamos sempre explicar para eles que é o trabalho do papai e que logo logo estou de volta. O que fica ruim é conciliar dias festivos ou apresentações de colégio".
*Texto supervisionado pelo editor