O Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) convocou uma greve de 48 horas para esta terça (28) e quarta-feira (29). Segundo Felipe Augusto Chadi da Silva, secretário da Juventude do Sinteps, a paralisação busca pressionar o governo do Estado e o Centro Paula Souza (CPS) - responsável pela  Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) - por reajuste salarial e pela revisão do plano de carreira, além de manifestar oposição à reforma administrativa que tramita em Brasília. 

Em Mogi das Cruzes, parte dos servidores da Etec Presidente Vargas, no Centro, de acordo com o secretário  da Juventude do Sinteps, manifestaram intenção de participar do movimento. Segundo ele, as reivindicações são antigas. “Somos 22 mil trabalhadores, em 228 escolas técnicas e faculdades de tecnologia espalhadas por todo o Estado de São Paulo, atendendo mais de 300 mil estudantes. A revisão de carreira é uma questão central desde 2019, quando a Superintendência do Centro Paula Souza se comprometeu a revisar o plano. Foi criada uma comissão, mas veio a pandemia e as atividades ficaram morosas”, explicou.

Em 2023, Silva afirma que o governo apresentou diretrizes do novo plano de carreira após uma greve de duas semanas, mas o projeto não se concretizou. “Existe uma grande expectativa na comunidade porque parte dos nossos professores recebe abaixo do piso nacional e os técnicos administrativos ganham ainda menos”, disse.

O secretário  da Juventude do Sinteps acrescenta que, no primeiro semestre deste ano, ocorreram manifestações pontuais, nas quais o CPS chegou a sinalizar avanços, mas nada foi apresentado. Sobre a adesão das unidades, ele diz esperar impacto positivo, apesar de ainda não haver uma previsão. “Entendemos que este é um período difícil, muitas escolas estão aplicando o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), mas acreditamos que há grande expectativa e adesão”, afirmou.

Além do plano de carreira, Silva destacou que o Sinteps está participando de uma mobilização nacional contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Administrativa, que tramita no Congresso. O sindicato deve ter representantes no ato contra a reforma previsto para esta quarta-feira (29), em Brasília.