O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) reafirmou em nota, divulgada na terça-feira (16) em suas redes sociais, sua posição contrária à implantação dos pedágios nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, onde as obras já estão em andamento. A entidade faz parte do Movimento Pedágio Não, que reúne também Associações de Moradores e entidades de classe, e desde o anúncio do projeto vem se manifestando contrário à medida.  O primeiro edital foi publicado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) em 2021. 

A Câmara de Mogi também aprovou na última terça uma moção de apelo ao governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP), e à Concessionária Novo Litoral (CNL), responsável pelas vias desde 2024, que seja concedida a isenção da tarifa de pedágio para veículos emplacados nos municípios-sede e limítrofes às praças de pedágio das rodovias, incluindo também a Padre Manoel da Nóbrega.

A previsão inicial da CNL é que a cobrança do pedágio seja realizada a partir de novembro, por meio de pórticos do sistema de pedágio free flow. Segundo a Artesp, o pedágio poderá começar a ser cobrado após a fiscalização da execução das obrigações contratuais da concessionária ao longo de um ano. 

A medida, segundo o Sincomércio, trará impactos diretos ao comércio e à economia regional, com aumento de custos logísticos, redução do fluxo de consumidores e enfraquecimento do turismo entre Mogi, Arujá e Bertioga. "O Sincomércio seguirá acompanhando os desdobramentos e defendendo os interesses dos lojistas, buscando alternativas que minimizem os prejuízos e garantam a competitividade do comércio local", destacou na nota.