Atuando com foco no fortalecimento e promovendo a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequenas empresas, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizou 74.719 atendimentos no Escritório Regional do Alto Tietê ao longo de 2024. Para Gilvanda Figueirôa, gerente regional do Sebrae-SP, o ano foi a princípio muito desafiador para os pequenos negócios, mas também pela primeira vez houve queda no endividamento das empresas de pequeno porte. "O nível de endividamento reduziu e aumentou o faturamento, isso propicia que a empresa faça mais negócios, que ela consiga ter pelo menos algum capital de investimento”, destacou a gerente regional.  

Contratar mão de obra capacitada, o meio digital e a aproximação com grandes empresas são desafios enfrentados pelas empresas da região, segundo Gilvanda. “As empresas tiveram desafios de transformar-se digitalmente pata atender clientes com Inteligência Artificial (IA). Nossos eventos mais cheios foram os de imersão digital, pois as empresas querem e precisam aprender como fazer mais rápido, como fazer melhor e como ganhar tempo e potencializar negócios com a IA”, comenta. “Precisamos enxergar as potencialidades, não só as dificuldades. Ser empresário do pequeno negócio é matar um leão por dia, não tem glamour nenhum”, completa. 

A gerente ainda destacou alguns avanços do escritório regional do Sebrae-SP no ano passado, como o Programa Líder, focado no desenvolvimento regional; o programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos, que atendeu 25 mil alunos da rede municipal; e as empresas atendidas pelo programa Agente Local de Inovação, que neste ano tiveram um aumento no faturamento de 11,4%. “Agora com relação as empresas em si, a gente fala ainda bastante da pandemia que foi um tempo duro para os empresários, e este ano (2024) aliviou um pouco. A expectativa é bem positiva, isso é um avanço”, completou Gilvanda. 

Perspectivas 

Entre os projetos para 2025, a gerente regional apontou a continuidade do Programa Líder e o desenvolvimento de atividades de inclusão produtiva e geração de renda e fortalecer o ecossistema de inovação da região: “Vamos investir muitas horas técnicas para que isso se consolide e atraia mais e mais empresas para região, e ainda investir muito na qualificação e na capacitação de Inteligência Artificial para pequenos negócios. O pequeno negocio não tem dinheiro para investir em muita gente para fazer as coisas, e a IA otimiza muito tempo nas atividades rotineiras. Outra questão a ser trabalhada é o acesso ao mercado, queremos trabalhar isso para que as empresas vendam mais”. Para ela, “com certeza a expectativa é de um ano ainda mais positivo”.