A Prefeitura de Mogi das Cruzes terá que tornar pública a lista de espera por vagas nas creches da rede municipal de ensino. Após três anos de tramitação, o projeto que prevê a divulgação dessas informações foi aprovado na sessão desta terça-feira (25/06) pela Câmara. A medida só passará a valer de fato de for sancionada pelo prefeito Caio Cunha (Podemos).

O projeto, de autoria do vereador Carlos Lucarekski (PV), estabelece que o nome da criança não seja divulgado e sim um número de protocolo de inscrição, pelo qual os pais poderão consultar o andamento da lista, que será atualizada e divulgada pela Secretaria de Educação. "Muitas famílias alegam que fazem a inscrição e seus filhos não são chamados. Eles relatam que muitas vezes quem faz  a inscrição por último consegue a vaga primeiro e não sabemos se isso acontece por causa da alguma influência”, justificou o parlamentar.

Para o vereador Otto Rezende (PSD), o ideal seria que todos as crianças tivessem suas vagas garantidas e não fosse preciso debater sobre filas na Casa de Leis. O petista Iduigues Martins também destacou a importância da abertura de mais creches, mas reforçou a necessidade de dar transparência ao processo de distribuição das vagas nas unidades, sejam elas municipais ou conveniadas.

CEV

Ainda na sessão, os vereadores aprovaram o projeto de resolução que cria a Comissão Especial de Vereadores (CEV) para apurar o andamento do programa  “Mogi, Meu Lar”. A iniciativa foi apresentada por Clodoaldo Moraes (PL).

De acordo com alguns vereadores, as reuniões promovidas para tratar sobre a iniciativa estão criando uma falsa expectativa para muitos moradores que sonham em ter uma casa própria. Até mesmo a Caixa Econômica já teria solicitado que o nome da instituição bancária não fosse falado nos encontros a fim de evitar maiores confusões.

Segundo Clodoaldo, é preciso verificar a veracidade das informações que estão sendo tratadas nos encontros. "Existe um grupo de pessoas sonhando com a casa própria, com algo que não vai acontecer a curto prazo, está sendo prometido algo que não existe e a Câmara precisa entender e acompanhar isso de perto, especialmente em ano eleitoral", pontuou.

 Favorável a abertura da CEI, o vereador Edson Santos (PSD) classificou a situação como "estelionato eleitoral" e cobrou uma apuração rigorosa por parte da Câmara.


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