Região - Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, revelados ontem, mostraram que a onda de contratações de emprego formal que ocorria nos últimos meses sofreu uma reversão e, o Alto Tietê, terminou dezembro de 2021 com um saldo negativo de mais de 2 mil vagas; na comparação entre 2020 e 2021, a região ainda tem quase 3 mil demissões a mais que contratações.
Nos números de dezembro de 2021, as dez cidades da região tiveram um saldo negativo total de 2.010 vagas, onde Itaquaquecetuba foi a cidade que teve o pior saldo: com 1.315 contratações e 1.924 demissões, terminou o mês com saldo negativo de 609 vagas (recuo de 1,36%).
Suzano teve o segundo pior desempenho, com saldo negativo de 608 demissões (-0,92%), e Mogi das Cruzes teve saldo negativo de 383 vagas (-0,38%). Ferraz de Vasconcelos teve o quarto pior registro em dezembro, com menos 204 postos (-1,12%), e Poá aparece em quinto, com menos 162 postos (-0,68%).
Dentre os setores da economia avaliados, o que teve o pior desempenho na região foi o de prestação de serviços, com um saldo negativo de 1.592 vagas em dezembro, seguido do setor industrial, com menos 273 postos. A Construção Civil teve recuo de 109 vagas, e o comércio mais demitiu 44 pessoas que contratou na região.
Entre 2020 e 2021
Na comparação dos dados entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, a região do Alto Tietê ainda não conseguiu se recuperar dos efeitos causados pela pandemia do coronavírus (Covid-19), com a onda de demissões ocorrida entre os meses de abril e junho do ano passado.
No total, o Alto Tietê ainda tem um déficit de 2.963 vagas em relação ao início de 2020. De todas as cidades da região , apenas Itaquaquecetuba possui o saldo positivo na série histórica, com 650 vagas a mais. Mogi das Cruzes teve o pior desempenho, com menos 1.068 postos; Santa Isabel teve o pior desempenho, com saldo negativo de 705 vagas, e Poá em terceiro com menos 605 empregados.
Nos números apresentado pelo sistema Caged, ao longo dos dois anos de pesquisa, são notados três momentos de demissão em massa: no início da pandemia com o maior número de dispensas, e nos meses de dezembro de 2020 e 2021.