Mogi - Os organizadores do movimento "Pedágio Não" informaram ontem que mais de 700 pessoas participaram do mais recente ato contra os projetos do governo do Estado de implantar uma praça de pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88).

O evento "Mogi Não Vai Ser Feito de Palhaço" foi realizado no km 40 da rodovia, no local previsto pelo projeto da Agência Reguladora do Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), conforme consta no pacote "Litoral Paulista" de concessões divulgado no mês de maio. "O local foi escolhido com o ponto de vista estratégico, para as pessoas terem a noção de como vai ser a vida das pessoas caso este projeto seja concluído. Tivemos uma grande adesão tanto dos pedestres quanto dos motoristas que passavam pelo trecho", apontou Paulo Bocuzzi, organizador do "Pedágio Não".

A manifestação reuniu, segundo os organizadores, de 600 a 700 pessoas no período em que ocupou parcialmente uma das faixas da rodovia, com abordagens a motoristas que acompanhavam. "A adesão foi 20% maior do que vimos no último ato, que foi feito na entrada da cidade, e demonstra que nossa população segue firme na intenção de que este projeto jamais chegue a nos afetar", afirmou.

O ato contou com a participação de diversas lideranças políticas de diversos espectros políticos e de dentro e fora da região do Alto Tietê. "Além do prefeito Caio Cunha e da vice-prefeita Priscila Yamagami Kehler, cinco membros da Câmara de Vereadores de vários grupos participaram. Outras lideranças de partidos de esquerda, como Rodrigo Valverde (ex-candidato a prefeito pelo PT em 2020) e representantes dos deputados estaduais Castello Branco (PSL) e Arthur do Val (PAT) também prestigiaram nosso ato", elencou.

Para o movimento, o ato foi um sucesso, por reforçar a mensagem de insatisfação da comunidade. "Demonstramos neste final de semana ao governo que a cidade continua preocupada e engajada, foi um sucesso total. Pretendemos realizar, agora, novas conversas com as lideranças políticas que estão nesta luta para avaliar o que pode ser feito em âmbito estadual e federal", concluiu Bocuzzi. (A.D)