O encontro "Mogi Não Vai Ter Pedágio", realizado ontem no Theatro Vasques em Mogi das Cruzes, também apresentou à população os trabalhos conjuntos do poder público e dos movimentos da sociedade civil contra o projeto de concessão para a iniciativa privada, bem como esclarecer os impactos do projeto no desenvolvimento econômico, na mobilidade urbana e em outros aspectos do dia a dia da cidade, que superam os R$ 240 milhões.

Tal etapa contou com a participação da secretária de Transportes Cristiane Ayres, da Procuradora-Geral do Município Dalciane Felizardo, e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Gabriel Bastianelli.

A titular da Pasta de Transportes, em sua apresentação, mostrou as intervenções propostas pelo projeto da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) e o seu impacto na malha viária, inviabilizando diversas vias como o corredor Leste-Oeste da avenida das Orquídeas, o Anel Viário e em diversos bairros. Cristiane também demonstrou que, sem o trecho de 8 km da Mogi-Dutra no edital, a arrecadação do pacote "Litoral Paulista" cai em mais de 30%, inviabilizando o projeto, por isso a insistência do governo estadual.

A procuradora jurídica Dalciani Felizardo fez uma retrospectiva das ações tomadas junto à Vara da Fazenda Pública do município e Tribunal de Contas do Estado, executadas dois dias úteis após a publicação do edital. Segundo Dalciani, a Procuradoria-Geral do Município está aguardando as próximas ações da Artesp para republicação do edital, mas que já conta com uma força-tarefa para analisar o cenário e tomar as providências cabíveis.

Bastianelli, por sua vez, apresentou o impacto para a economia da cidade. Nas contas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a cidade pode ter uma fuga de investimentos anual de R$ 246 milhões ao ano, somando o impacto na geração de emprego e renda, arrecadação de tributos e custos no sistema logístico da cidade. (A.D.)