A atualização do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão no Ministério da Economia, informou que em março deste ano foram criados 1.160 postos de trabalhos nas cinco cidades mais populosas do Alto Tietê, o G5. O saldo positivo ocorre em razão do números de admissões, 9.932, ante aos desligamentos, 8.772. O saldo resultante dessa diferença foi positivo para a região que, no mesmo período do ano passado, amargava postos de trabalhos extintos em razão do início da pandemia do coronavírus (Covid-19).

No comparativo com março do ano passado, o G5 teve um resultado bastante animador. No mesmo mês em 2020, o saldo tinha sido negativo em 3.240 empregos. Vivendo os primeiros momentos de incerteza sobre a pandemia, os empregadores não souberam como reagir às primeiras notícias de óbitos e decretos de restrições. A confusão resultou em retrações que cobram seu preço até hoje.

Se comparada a gravidade dos dois momentos da pandemia, é notável que no mês passado a situação foi bem mais grave do que em março de 2020. A diferença pode ser constatada pelo número de óbitos. Enquanto em março do ano passado seis falecimentos pela Covid-19 foram registrados e mais de 3,2 mil vagas de empregos foram extintas, o mês passado com 482 mortes não foi suficiente para barrar o desejo pela retomada econômica.

Talvez Já anestesiados por números cada vez mais elevados de mortes pela Covid-19, os empregadores se adaptaram e as promessas de flexibilização do Plano São Paulo impulsionaram a retomada registrada no último mês.

Entre as cinco cidades mais populosas do Alto Tietê, Mogi tomou a dianteira na geração de empregos, foram 416 mogianos contratados, boa parte na indústria e em serviços. No começo da pandemia, em março do ano passado a demissão atingiu 1.705 moradores.

Suzano ficou na segunda posição com saldo positivo de 354 contratações. Assim como em Mogi, o destaque na criação de vagas ficou com o setor de serviços e indústria. No mesmo período do ano passado o saldo também havia sido negativo, fechando 429 postos de trabalho.

Em seguida, Poá contribuiu com 268 novos empregos para o G5. A prestação de serviços e construção encabeçaram o aquecimento do mercado de trabalho poaense no mês passado. Em março de 2020 a retração foi de 246 vagas.

Ainda que Itaquaquecetuba seja a segunda cidade mais populosa do Alto Tietê, o mês passado só trouxe 79 novos empregos ao município. Quase a totalidade das vagas surgiu na indústria. Um ano antes a cidade havia encerrado 821 empregos.

Por fim, Ferraz de Vasconcelos contratou 43 trabalhadores, o saldo de empregos da cidade também foi salvo pelo setor industrial. Um ano antes 39 postos foram extintos.

*Texto supervisionado pelo editor.