O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Pode), prometeu para os próximos 60 dias a conclusão da Maternidade Municipal e, a partir de amanhã, a viabilização de mais 37 leitos de Enfermaria no Hospital Municipal Prefeito Waldemar Costa Filho, ambos localizados no distrito de Braz Cubas. O anúncio foi feito durante a entrevista coletiva para tratar dos primeiros 100 dias da gestão.
Cunha esteve acompanhado da vice-prefeita, Priscila Yamagami (Pode), e apresentou um balanço das ações do município divididas em quatro pontos: Economia de Recursos, Combate à Pandemia, Choque de Gestão e Dados Gerais. O chefe do Executivo ressaltou no início de sua fala do contexto fora do normal da pandemia do coronavírus, ao que comparou a dois aviões: "um que está no ar e precisamos aterrissar que é o da Covid-19, e outro que está no chão e quer decolar que é o do nosso plano para a cidade."
No combate à pandemia da Covid-19, Cunha ressaltou que as medidas de restrição à circulação de pessoas tomadas há três semanas com a Fase Crítica começam a surtir efeito, com o terceiro dia consecutivo de queda na ocupação de leitos, depois de 24 dias com lotação de 100% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). "Desde o início do ano abrimos 96 leitos, e temos mais oferta de vagas do que no primeiro pico da pandemia, no ano passado. Neste domingo (amanhã) será entregue a melhoria no sistema de oxigênio no Hospital Municipal, que permitirá mais 37 vagas de Enfermaria, e iremos fazer a contratação de mais 41 médicos", disse o prefeito.
Outra informação apontada pelo chefe do Executivo é o investimento de R$ 1,8 milhão para o adiantamento e conclusão das obras da Maternidade Municipal, com previsão de entrega em até 60 dias. Segundo ele, o local poderá receber até 53 vagas de Enfermaria e poderia funcionar como uma unidade destinada a pacientes moderados de Covid-19. "Esta é uma decisão que tomamos para manter um patrimônio nosso", explicou.
Os investimentos foram possíveis, segundo o gabinete da Prefeitura, devido à economia de R$ 23 milhões no primeiro trimestre do ano com a renegociação de contratos e revisão de processos. De acordo com levantamento da Secretaria de Finanças, em 2021 o município teve a melhor arrecadação nos últimos anos (R$ 451 milhões) e a a menor despesa (R$ 208,8 milhões), chegando a uma porcentagem de despesa sobre receita de 46,22%.
Com o intuito de auxiliar na retomada da economia no contexto pós-pandemia, a Prefeitura também anunciou o sucesso no empenho em manter cerca de 4 mil empregos de uma central de telemarketing operando no município, além de garantir a abertura de mais 500 vagas, além da instalação de oito novas empresas a partir deste ano. "Para atender à futura demanda, também modernizamos o sistema Mogi Conecta, que vai ter sua primeira unidade na Estação Estudantes da CPTM", explicou a vice-prefeita.
Na área da Assistência Social, Cunha falou dos empenhos em criar o programa Auxílio Emergencial Mogiano (leia mais na página 3), bem como os esforços em amparar a população socialmente vulnerável com o programa Mogi Contra a Fome, como as 28.779 cestas-básicas distribuídas pela Secretaria de Assistência Social, 500 toneladas de alimentos pela Secretaria de Educação para os alunos da rede municipal e 13,6 toneladas pela Assistência Social em parceria com o Fundo Social de Solidariedade.
Na gestão interna, a Prefeitura ressaltou a unificação dos bancos de dados internos, o fim do uso de papel nas comunicações internas e os esforços para a criação da Secretaria de Transparência e Comunicação.
Ao final, o prefeito e a vice-prefeita agradeceram ao empenho dos mais de 6 mil servidores públicos municipais e os resultados conquistados nos primeiros 100 dias. "Nos dá muito orgulho num momento difícil e desafiador como este", afirmou Priscila.