Até o final da tarde de ontem, a Prefeitura de Mogi das Cruzes aguardava uma manifestação oficial sobre o pedido de cassação do mandato do prefeito Caio Cunha (Pode), protocolado junto à Câmara de Vereadores.
Segundo o Legislativo, o pedido foi encaminhado anteontem no início da tarde junto à Secretaria Geral. O presidente da Casa, vereador Otto Rezende (PSD), encaminhou o documento à Procuradoria Jurídica do Legislativo para emitir um parecer quanto à tramitação da requisição. A Procuradoria tem dez dias para emitir uma decisão sobre o assunto.
O pedido foi protocolado por um militante político local, que acusa o chefe do Executivo de supostamente nomear um membro do seu secretariado que estaria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Segundo a alegação, Francisco Cardoso de Camargo Filho (o Cochi) estaria impossibilitado de assumir as funções de secretário de Governo, por ser réu condenado em um processo de improbidade em Santa Catarina.
Segundo informações divulgadas nos meios de comunicação, Cochi teria sido condenado em primeira instância por contratar sem o devido processo licitatório uma empresa para a realização de projetos 3D, aquisição e instalação de móveis, quando era diretor executivo da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Santa Catarina (Agesc).
No entanto, ele teria sido absolvido das acusações em segunda instância, mas, mediante recurso do Ministério Público junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), teria sido determinado o pagamento de uma multa, sem a perda de direitos políticos.