Os seis vereadores denunciados pelo Ministério Público (MP) por suposta corrupção na Câmara Municipal devem ser ouvidos novamente pelo Legislativo, dessa vez pela Comissão Processante (CP) da Casa, a partir da próxima segunda-feira.
A medida será adotada após a Justiça autorizar, ontem, que os parlamentares comparecessem à Casa de Leis novamente.
Considerando a possibilidade de que não haja tempo para que todas as testemunhas sejam ouvidas, o presidente da CP, vereador e prefeito eleito Caio Cunha (Pode), afirmou que corre contra o tempo para finalizar os trabalhos do grupo antes do fim deste mandato. Ofícios intimando os parlamentares devem ser expedidos hoje pelo gabinete do parlamentar, convocando os vereadores denunciados a comparecer no Legislativo entre segunda e terça-feira.
No processo da CP, 33 testemunhas foram arroladas, além dos denunciados, o que torna praticamente inviável a possibilidade de ouvir todas as pessoas e finalizar o processo ainda neste mandato.
O grupo esclareceu anteontem que a solicitação da autorização do judiciário seria despachada pelo procurador jurídico do Legislativo diretamente com o juiz, e que, após o aval da Justiça, seriam feitas as intimações para convocar os vereadores, empresários e assessores a comparecerem na Câmara.
A comissão surgiu em decorrência da Operação Legis Easy, deflagrada em setembro de 2019 pelo Ministério Público, tendo por objeto de investigação os contratos públicos do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) e da Secretaria de Saúde, envolvendo empresários e os vereadores Antonio Lino (PSD), Carlos Evaristo da Silva (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Francisco Moacir Bezerra (PSB), Jean Lopes (PL) e Mauro Araújo (MDB). (F.A.)