Passadas quatro semanas da deflagração da Operação Legis Easy, pelo Ministério Público (MP), a denúncia da Promotoria ainda não foi acolhida pela Justiça. Por enquanto, os parlamentares, empresários e assessores envolvidos não são réus no caso. Não há data para que a Justiça acate a denúncia.
Segundo o Ministério Público, o empresário Joel Zeferino utilizava a influência que tinha com o vereador Mauro Araújo (MDB) para obter "favores junto à administração pública", como contratos na área de construção civil. A promotoria afirma que as provas obtidas "não deixam a menor dúvida de que o empresário Leonel Zeferino interferia diretamente na política de zoneamento da cidade para atender seus próprios interesses empresariais". De acordo com a Promotoria, o parlamentar Araújo era o responsável pela distribuição de repasses ilícitos em dinheiro aos outros vereadores supostamente envolvidos, como forma de angariar apoio a projetos de interesse dos empresários.
A denúncia ainda coloca sob investigação contratos firmados entre empresas e o Executivo.
Os depósitos e pagamentos seriam feitos as contas bancárias de três empresas ligadas a Mauro Araújo: a M.A. Assessoria Financeira Ltda; MLC, do parlamentar Araújo; e Casa Mix Comércio de Produtos em Geral Ltda, do empresário e chefe de gabinete da Câmara, Willian Casanova; e MLC de Araújo ME, do irmão do vereador Mauro Araújo, Carlos Cesar Claudino de Araújo. (F.A.)