O evangelista Franklin Graham liderou uma marcha de oração no sábado em Washington, Estados Unidos, levando dezenas de milhares de pessoas a clamarem pela cura de Deus para sua nação em crise. “Acho que nosso país está em apuros e os democratas dirão isso, os republicanos dirão isso… Estamos vindo hoje para invocar o nome de Deus, porque acredito que só Deus pode resolver os problemas que enfrentamos nesta nação hoje”, disse Graham no ‘Fox & Friends Weekend’, pouco antes da marcha ocorrer. Graham, que é presidente da Samaritan’s Purse (‘Bolsa do Samaritano’) e filho do falecido evangelista Billy Graham, organizou a Marcha de Oração de Washington de março de 2020, que percorreu pouco mais de 2,8 quilômetros, começando no Lincoln Memorial ao meio-dia de sábado e terminando nas escadarias do Capitólio. “Minha oração é por cura, que como nação, voltássemos nossos olhos para Jesus Cristo, filho de Deus. Você sabe, 150 anos atrás, seus pastores, as igrejas, eram os líderes em todas as comunidades”, Graham disse ao coapresentador Pete Hegseth. Relembrando os protestos nacionais durante a Guerra do Vietnã, Graham acredita que o país está ainda mais dividido hoje.
Foram apenas 16 palavras num discurso de 15 minutos, mas o suficiente para causar reações de espanto e uma torrente de críticas. “Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”, disse o presidente Jair Bolsonaro em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, na última terça-feira (22). A surpresa reverberou mais forte numa organização com sede em São Paulo não muito conhecida, ao menos fora dos círculos cristãos. “Não sabíamos que o presidente falaria sobre esse assunto. Ninguém do governo nos procurou antes”, diz Marco Cruz, 46, secretário-geral da Portas Abertas, entidade que se dedica a defender cristãos perseguidos. A visibilidade que o discurso gerou para a causa, prioritária para a direita americana, mas ainda um tanto obscura no Brasil, foi comemorada. “Trazer o tema à pauta é positivo, seja por Bolsonaro, [Donald] Trump ou [Angela] Merkel”, afirma. Estabelecida no Brasil desde 1978, a entidade é filial de uma organização mundial, fundada na Holanda em 1955, e atualmente presente em cerca de 70 países. Reúne cristãos de diversas denominações, de católicos a neopentecostais, com o único propósito de denunciar a “cristofobia” mencionada pelo presidente –embora a entidade não utilize esse termo.
O presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Georg Bätzing, anunciou na quinta-feira (24) que a Igreja Católica na Alemanha decidiu conceder uma indenização de até 50 mil euros a menores que foram vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero. A decisão foi tomada durante uma reunião em Fulda, após os bispos autorizarem uma proposta apresentada em março passado sobre o pagamento. Segundo Bätzing, o novo modelo de indenização para vítimas de pedofilia entrará em vigor na Alemanha a partir de 1º de janeiro e também incluirá vítimas que já receberam compensações financeiras. “Estes serão pagamentos únicos que serão determinados individualmente para cada pessoa envolvida por um órgão de tomada de decisão independente”, acrescentou. Já o “órgão independente” mencionado pelo bispo será composto por sete especialistas nas áreas de medicina, direito, psicologia e educação. Seus membros não serão empregados da Igreja e, portanto, não serão dependentes dela. Apesar da iniciativa, as associações de defesa das vítimas denunciaram uma indenização “simbólica”, que “não ajuda” as vítimas, e anunciaram o lançamento de uma petição para realizar um debate no Parlamento. As entidades propõem um pagamento único de 300 mil euros, ou um sistema com pagamentos que variam dependendo da gravidade dos casos, que poderá ser entre 40 mil e 400 mil euros.