O empresário Joel Leonel Zeferino teve habeas corpus concedido na noite de ontem pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Preso no Centro de Detenção Provisória (CDP), no distrito de Taboão, Zeferino é suspeito pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele foi denunciado pelo Ministério Público na Operação Legis Easy, que apura o envolvimento de vereadores e empresários em um esquema supostamente liderado pelo vereador do MDB, Mauro Araújo.
Joel Leonel Zeferino, do ramo imobiliário, é investigado, suspeito de utilizar de sua influência com Araújo para modificar a lei de zoneamento do bairro Vila Oliveira.
Segundo o ministro Ribeiro Dantas, será permitido que o empresário aguarde em liberdade o julgamento definitivo deste habeas corpus, em substituição à prisão preventiva. "Não existe elementos concretos que demonstrem o intuito do réu de turbar a produção probatória, não servem de fundamento para o decreto prisional, especialmente após a realização de busca e apreensão nos endereços do réu e da quebra do seu sigilo bancário, telefônico e telemático", declarou Dantas.
Além disso, segundo relatório do ministro, "o paciente é primário, tem bons antecedentes, exerce atividade laboral lícita e possui residência certa, além de ser portador de hipertensão crônica, estando, portanto, inserido no grupo de risco da covid-19". Outro trecho do despacho afirma que "o decreto preventivo não consignou elementos concretos que indiquem que a soltura do réu poderia colocar em risco a ordem pública".
Os parlamentares Carlos Evaristo da Silva (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Mauro Araújo (MDB) e Jean Lopes (PL) , Francisco Moacir Bezerra (PSB) continuam presos na penitenciária do Tremembé, no Vale do Paraíba. Antonio Lino (PSD) segue foragido (leia mais ao lado).
O empresário Carlos César Claudino de Araújo, o chefe de Gabinete Willian Casanova e o assessor André Alvim de Matos continuam presos no CDP de Mogi das Cruzes.