Mogi das Cruzes registrou 16 mortes por acidentes e desastres naturais nos últimos 25 anos. O levantamento foi realizado pelos técnicos do Instituto Geológico (IG) e apresentado por meio do "Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações". Os dados compreendem as ocorrências registradas entre 1994 e 2018.
No período analisado, Mogi apresentou o maior número de desastres naturais do Alto Tietê, 2.433 no total. A maior parte foi de natureza hidrológica; inundações e alagamentos (1.413), seguido por fenômenos meteorológicos; tempestades, raios e ventanias (922) e geológicos; erosões e deslizamentos de terra (98).
Sobre as ocorrências registradas neste ano, a Defesa Civil de Mogi informou que foram registradas chuvas fortes, com acúmulo de água em algumas vias. No entanto, não houve vítimas ou imóveis que precisaram ser demolidos ou desocupados por esta razão.
A Prefeitura declarou que trabalha constantemente para evitar problemas causados por forças naturais. Entre as ações estão o monitoramento contínuo das áreas de risco, obras de ampliação do sistema de drenagem, manutenção dos sistema de drenagem, ampliação de saneamento básico, entre outros serviços.
O mapeamento também apresentou dados de outras cidades. Entre os municípios mais populosos do Alto Tietê, Itaquaquecetuba registrou o maior número de mortes, 20 no total, durante o mesmo período de 25 anos. A cidade também apresentou 286 acidentes e desastres naturais, entre eles, fenômenos de natureza hidrológica (150), meteorológicos (106) e geológicos; erosões e deslizamentos de terra (30).
Já em Suzano, o número de mortes foi um dos menores, quatro . O município registrou 224 acidentes e desastres, 102 meteorológicos, 97 hidrológicos e 25 geológicos.
Segundo a Prefeitura, a Defesa Civil mantém monitoramento contínuo de 42 áreas de risco de alagamento ou deslizamento de terra, as regiões foram mapeadas em conjunto com a Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação por meio do Plano Municipal de Drenagem e Manuseio de Águas Pluviais (PMDMAP).
"Ao receber alertas meteorológicos dos governo federal ou estadual para a região, as equipes são mantidas em alerta, realizando rondas nos pontos pré-determinados, bem como atendendo aos chamados da população" declarou o Executivo municipal em nota.
A grande parte dos casos registrados em Suzano está concentrado no distrito de Palmeiras e no bairro Cidade Miguel Badra, próximo ao rio Jaguari.
Entre as cinco cidades mais populosas, Ferraz de Vasconcelos registrou sete falecimentos em decorrência dos desastres e Poá dois.
Alto Tietê
As dez cidades que compõe o Alto Tietê registraram 79 óbitos resultantes de 3.630 acidentes e desastres naturais documentados entre 1994 e 2018. Majoritariamente, as ocorrências se concentram em casos de alagamentos.
Com o objetivo de reduzir essas cheias, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) investiu R$ 9,1 milhões nos serviços de limpeza dos rios Jundiaí (Mogi), Guaió (Suzano), Jaguari (Suzano e Itaquaquecetuba) e o córrego Itaim (Poá). O desassoreamento do rio Jundiaí está previsto para começar em novembro em Mogi os outros projetos ainda precisam passar pelo processo de licitação.
*Texto supervisionado pelo editor.